segunda-feira, 18 de abril de 2016

Bento XVI alertou que "o culto não pode nascer de nossa fantasia", já que "a verdadeira liturgia pressupõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-lo"


Em um sinal de sua preocupação em relação aos rumos do catolicismo no Brasil, o papa Bento XVI criticou o sincretismo na religião no País e pediu que os bispos brasileiros rejeitem "fantasias" na eucaristia. 

Bento XVI alertou que "o culto não pode nascer de nossa fantasia", já que "a verdadeira liturgia pressupõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-lo". A mensagem foi clara: a Igreja não aceitará o sincretismo, nem mesmo em regiões distantes e onde a cultura local seja predominante. O papa pediu respeito pela centralidade de Jesus na celebração da missa. 

Bento XVI insistiu que estava preocupado "por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica" e advertiu para os riscos do sincretismo. O Vaticano rejeita que sejam introduzidos ritos tomados de outras religiões ou particularismo culturais na celebração das missas.

O papa alertou que os desvios poderiam estar sendo motivado por uma mentalidade "incapaz de aceitar a possibilidade de uma verdadeira intervenção divina". Para ele, a eucaristia é um "dom demasiado grande para suportar ambiguidade e reduções."

Para o papa, o suposto descuido com o culto mostraria uma comunidade que precisaria rever suas práticas. "Quando na Santa Missa não aparece a figura de Jesus como elemento preeminente, mas uma comunidade atarefada em muitas coisas", se produz um "escurecimento do significado cristão do sacramento", afirmou o papa.

Para ele, a "a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber. É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar."

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